Sou um estrategista nato. Jogo xadrez com a Vida a todo instante, o dia inteiro. Sempre vejo três ou quatro lances à frente. E não deixo as circunstâncias simplesmente acontecerem por si mesmas. Se de alguma forma me envolvem, ajo sobre elas de modo racional. Procuro fazer com que atendam meus propósitos.
Não nasci para ser um derrotado. O fracasso não me encanta. Acostumei-me a ser primeiro.
Que poeta eu seria se uma ideia qualquer me viesse à cabeça e ao coração e eu tivesse que escondê-la (ou sufocá-la) só porque ela poderia, talvez, ferir suscetibilidades de algumas pessoas? Que poeta eu seria se condicionasse minha inspiração aos preconceitos, crenças ou visões do mundo de OUTRAS pessoas? Já pensou se eu não pudesse defender o amor livre porque muita gente é contra? Se eu não pudesse falar do Buda porque o cristão não gosta? Se eu não pudesse amar Jesus porque os judeus o negam? Se eu não pudesse dançar com Zeus só porque ele é um Deus que nasceu antes de Jesus ou Maomé? Se eu não pudesse amar a rosa ou a margarida só porque o lírio as quer todas para si?
Seria muito difícil viver assim.
Pautar nossa vida exclusivamente pelas opiniões alheias deve ser um horror! Por isso, eu me exponho inteiro no balcão das alegrias. Eu abro as minhas entranhas sem medo de mostrar os meus avessos...
Escancaro meu coração porque creio na Vida!
Presente de Natal
O presente de Natal que eu quero te dar
não pode ser comprado:
Não tem nas lojas, nos mercados, nas feiras, nos balcões.
Não é feito de plástico, não é eletrônico,
nem precisa de manual.
O presente de Natal que eu quero te dar
já está dentro do teu próprio coração.
Basta que você agora o desperte para a vida:
É o amor pela liberdade absoluta.
É a admiração extrema pela Arte de Viver.
A defesa inabalável da ideia de justiça,
de verdade e de prazer.
A coragem de sonhar transformações.
A busca cotidiana por tudo que é sublime,
e o doce desejo de sugar o açúcar
de todas as coisas.
Feliz Natal !
— É viver pouco.
Por isso não pretendo mais morrer na cama.
Quando chegar o meu dia (e eu saberei quando chegar o meu dia), vou contratar o filho de um marceneiro judeu para fazer minha cruz. Terá que ser de madeira nobre, e mandarei pintá-la de preto. O suporte dos meus pés será prateado, no meio do mastro. Quero lindos cravos de ouro, perfumados, e uma tarde calma no sermão das montanhas. Um crepúsculo cor de abóbora, certamente. Mas, antes de ser pregado, tomarei uma taça de vinho vermelho ao som de Vangelis. "Sauvage et beau". E chamarei meus últimos dez amores para que passem óleo de amêndoas no meu corpo entusiasmado. Quero brilhar nesse ato final. Terei colares de pedras preciosas no pescoço, e na cabeça, coruscando, uma escandalosa coroa de flores do campo.
Estarei nu — e excitado, naturalmente. Quero sentir meu sangue descendo pela palma das minhas mãos, gota por gota, vazando pelo buraco dos pregos. Vou encher de gargalhadas os ouvidos delicados que puderem me ouvir, vou gritar o teu nome de Deus em vão. E me lembrarei dos pecados todos que deixei de cometer por absoluta falta de tempo.
Quando enfim chegar minha hora, vou olhar para vocês, imaginar um aceno, fazer um poema, lamber os meus lábios, pedir mais um copo de vinho — e que o vinho seja esfregado em minha boca com esponja de algodão. Quero que minha mãe me olhe sorrindo e me abençoe aos pés da cruz, e que meus irmãos, e meus amigos, e meus amores — que todos eles dancem, e que todos eles gritem em coro:
Só o Prazer nos livra da loucura!
Será assim que vou deixá-los, meus amores.
(Será assim!)
— Um dia, talvez, quem sabe.
Daqui uns duzentos anos...
Acontece que essa busca incansável de caminhos é uma das mais nobres e louváveis tentativas de aprimoramento pessoal. Significa refinar, cada vez mais, meu sentimento de amor-próprio. O contrário disso chama-se acomodação. Ou, até mesmo, desleixo. Talvez covardia...
Meu bisavô, aos sessenta e dois anos de idade, na década de trinta do século passado, abandonou tudo e apareceu por aqui trazendo no colo uma adolescente chamada Vitalina Maria de Jesus. Um despropósito, disseram todos. Mas o verdadeiro rebelde não hesita entre viver e morrer. O velho Luiz Marques, atolado numa estabilidade massacrante, não havia desistido de procurar aquela coisa que atende pelo singelo nome de felicidade.
Gastou janeiro fazendo planos, um mês inteiro ouvindo vozes, que nem Moisés. E aquela menina passando ali, na frente dele, feito convite, descalça, vestidinho de chita, cabelos soltos, meio ressabiada... Os peitinhos despontando. Então o fazendeiro abandonou tudo: as propriedades e as impropriedades que a elas se ligam, a esposa controladora, os filhos perplexos, as fazendas, as noras, os netinhos, os novilhos e as velhas emoções.
Tudo por causa de Vitalina.
Por aquela menina delicada ele daria o mundo. Por ela, e pelo que então simbolizava aquele amor, ele abandonou mais de mil cabeças de gado e todas as certezas que lhe haviam dado como herança. Era um autêntico rebelde: acabou trocando o futuro garantido e certo, porém morno, por um presente delicioso e faiscante.
Jogou fora o velho baú de premissas usadas, quebrou as algemas — e caiu na Vida. Trocou um milhão de verdades antigas por uma pequena mochila de sonhos. Porque, você sabe, não dá para salvar a alma sem antes salvar o corpo. E o que mais excita o ser humano é a possibilidade aberta de uma nova vida. O respeitável senhor Luiz Marques tomou aquelas decisões que só os grandes homens conseguem tomar: montou o cavalo negro do risco absoluto e partiu! Pois ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida. Abandonou tudo para não ter que abandonar a própria existência naqueles caminhos já percorridos.
Não fosse por isso, eu não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho branco e contando essas coisas todas pra você.
Sou portanto bisneto da rebeldia.
Sou bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade, e amante de todos os meus amores.
E existo, por incrível que pareça. No céu da minha boca não há fogos de artifício. Só estrelas.
O texto acima abre meu livro Manual da Separação. Caso queira saber mais, click na imagem da capa:
(...)
Leia aqui o texto todo.
Parece que só existem dois tipos de amor: o primeiro — e o último. Eu tinha sete anos, e ela, nove. Eu tinha tesão pela vida, e ela — também. Quando essa primeira paixão da minha vida começou a incendiar-me o peito, tornei-me um ser divino sensual e amoroso full-time. Transformei meu coração num sol inesgotável, e pensei que todas as mulheres do mundo se chamariam Marina.
Mas depois eu vi que Marina era apenas a primeira.
Deu certo.
Se meu amor por Marina (aos sete anos) fosse eterno, eu estaria com ela ainda hoje — e não teria estado com Sandra aos doze e nem teria conhecido Suzana, que é uma deusa inesquecível. Se eu tivesse ficado com Suzana para sempre, não teria conhecido Patrícia, nem Vera, nem Alessandra, nem Janaína, nem Carol, nem Beatriz, nem outras mil. Se eu tivesse sido exclusivo de Vera ou Janaína, não teria me apaixonado por Joyce Ann — que ainda é a musa número um. Mas se eu ficasse apenas com Joyce, não teria conhecido a morena maravilhosa de ontem à noite.
Ao fundo o piso do restaurante que eu, aos quinze anos, ajudei a construir.
Só o que está morto não muda.
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Mas a maioria morre sem sequer conhecer o pico, e tem gente que chama de pico o que não passa do sopé de uma colinazinha ali na esquina...
O que proponho com minha concepção de amor pode parecer um absurdo, mas é assim que penso, realmente. A lembrança de um grande Amor é infinitamente melhor que o risco de vê-lo morto em meio ao tédio. Portanto, separem-se no pico.
Essa questão do Pico do Amor, e da melhor forma de deixá-lo ou não, é bastante complexa. Mas acho que a melhor solução é aquela dos alpinistas: Chegando lá no alto, no pico do K2, fincam uma bandeirinha, curtem seus momentos de glória, entram em transe... e descem para uma nova aventura, uma nova conquista. Depois, vão ao Everest, etc. Pode até ser que um dia voltem ao K2, quem sabe.
Mas, se ficarem lá para o resto da Vida, perde a graça...
Perde completamente a graça!
Eu acho.
Mas cada um é cada outro...
Pratos inspirados em Nossa Senhora de Iracy, minha Mãe.
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Lançamento previsto para maio de 2024.
Sucesso relativo, portanto.
Porque eu o ajudo a libertar-se ainda mais. Faço com que ame a liberdade acima de todas as coisas. Se for corajoso, salta comigo — e dançamos juntos no espaço infinito que criamos ao saltar. Mas, se não for tão corajoso assim, se já estiver abraçado ao poste horroroso das crenças insensatas, pelo menos fica sabendo que na hora certa não se salta: tem que ser na hora incerta. E não importa a idade que ele tenha: acaba sabendo quanto tempo de vida já perdeu — mas que ainda pode saltar antes que morra.
O exemplo é meu bisavô, que só saltou aos 62 anos de idade. Que foi quando se apaixonou por Vitalina e largou tudo por causa de um grande amor. Mas se o leitor é do tipo que não salta de jeito nenhum, que prefere até morrer antes mesmo de viver, tudo bem: eu dou-lhe uma dose mortal de compreensão.
Como se vê, meu livro é uma cartilha...
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